segunda-feira, 6 de julho de 2015

Mika lança 'Chega Aí': "é o meu amadurecimento na música"



Micael Borges, ou melhor, Mika, é uma das sensações impulsionadas pelo mundo teen, mas encontrou no projeto intitulado Chega Aí, lançado na quinta-feira (25), uma forma de expandir seus horizontes. “É basicamente um encontro que faço em casa semanalmente. Gosto de preparar um churrasquinho para estar com a família e amigos, fazer um som e conversar sobre o que acontece ao redor”, explicou em entrevista exclusiva a QUEM.
Ator e cantor, ele decidiu adotar o apelido quando o assunto é a carreira musical – uma forma de camuflar qualquer possível rótulo e mostrar a que veio. “Todo mundo me chama de Mika e achei que ficava mais confortável. Deu certo”, comentou.
Com um EP solo, single de sucesso nas rádios, e vida amorosa indo de vento em popa, o músico, que ainda é pai de Zion, de 1 ano, de seu casamento com Heloisy Oliveira, demonstrou todo o entusiasmo com essa fase de sua carreira e promete se dedicar ainda mais. Leia a entrevista na íntegra abaixo e assista ao primeiro episódio de Chega Aí no final da reportagem:

Eduardo Garcia/ Revista QUEM (Foto: Eduardo Garcia/ Revista QUEM)
 
QUEM: Como surgiu a ideia do Chega Aí?
Mika: O nome Chega Aí é para ser bem popular. Uma gíria, na verdade. É basicamente um encontro que faço em casa semanalmente. Gosto de fazer um churrasquinho para estar com a família e amigos, fazer um som e conversar sobre o que acontece ao redor. Decidi gravar e fazer como uma espécie de programa. São vários formatos dentro de um (clipe, reality). A intenção é chamar sempre um convidado para fazer essa interação musical. O Rappin' Hood é o nosso primeiro convidado. É a minha cara.

QUEM: Vocês fazem mais de uma música ou têm um tempo determinado para cada programa?
M: Não. O ideal é aproveitar a luz do dia. Não tem nada determinado. Fazemos três, quatro ou cinco músicas para escolher uma para publicar na Internet. O povo está bem animado. Só de mostrar o que acontece no dia a dia. Porque, realmente, quero mostrar o meu filho, desde o momento que acordo e vou buscá-lo na escola, vou ao mercado e faço o churrasco para o pessoal.

QUEM: Então tem toda uma preparação. Não apenas o clipe, a música...
M: Não. Por isso fico feliz. São vários formatos em um. Mostrei minha família, minha casa, o dia a dia mesmo e a preparação de tudo.

QUEM: Você não tem medo de expor o Zion?
M: Tivemos um cuidado antes de começar a gravar. É uma preocupação. Não só do meu filho. Não só da minha vida, mas das minhas coisas mesmo. Não quero que pareça algo demonstrativo. Quero apenas mostrar a música e mostrar que amo estar com a minha familia. Quero ostentar a arte.

Eduardo Garcia/ Revista QUEM (Foto: Eduardo Garcia/ Revista QUEM)
 
QUEM: Você tem um EP lançado...
M: No final de 2014 lancei um EP chamado Qual é o Andar da Felicidade. Tem uma música chamada Qual é o Andar, que teve uma aceitação muito boa. Curtiram muito. Até mais do que esperava. Recentemente, lancei o single de Me Sinto Tão Bem. Era uma preocupação de como o pessoal iria me aceitar cantando depois de sair do Rebelde. É muito dificil, principalmente no Brasil, seguir carreira de ator e cantor. Mas correu tudo bem. Sempre quis fazer isso. Amo teatro, amo atuar, mas a música sempre falou um pouco mais alto.

QUEM: E já tem projeto para um álbum?
M: Continuo compondo, mas pretendo lançar singles. Hoje em dia se você lança um álbum, acaba queimando algumas músicas importantes. Não que eu queira segurar a música...

QUEM: É mais uma estratégia...
M: Isso. Se temos a opção de comprar apenas o single, por que vamos comprar o álbum? Hoje em dia é uma estratégia. Quero lançar outros.

QUEM: Você acha mais atrativo?
M: Sim. O pessoal dá mais atenção. Não compramos mais o álbum por causa de apenas uma música. Além de poupar tempo e dar uma descansada na cabeça de quem compõe. 


 Eduardo Garcia/ Revista QUEM (Foto: Eduardo Garcia/ Revista QUEM)
 
QUEM: E como funciona o processo de composição? Você pensa na melodia primeiro?
M: Já aconteceu de eu sonhar com uma melodia e acordar, pegar o celular e gravar. É coisa de louco. Depois vamos lá no outro dia e escrevemos. Tudo serve como fonte de inspiração. Dificuldade, coisas que aconteceram ou que você gostaria que acontecessem.

QUEM: Como você definiria o seu estilo musical?
M: Sei lá se posso definir (risos). Mas se tiver que fazê-lo, acho que meu som é pop. Definir no Brasil é dificil porque tem muita mistura musical. Funk misturado com sertanejo, por exemplo, e isso tem de acontecer. Acho que tudo é válido dependendo da proposta.

QUEM: E você acha que essa mistura de estilos costuma ser bem feita?
M: Acho que dá para ter mais cuidado para não virar uma mutação musical. Tem algumas coisas que você ouve e percebe que não combinam. Muitas vezes as pessoas fazem só pensando na grana. Precisamos tomar mais um pouco de cuidado. Mas tem de ter. Não podemos ter preconceito, não.

QUEM: Falando em preconceito, você sente alguma dificuldade para atingir a um público diferente, além do que costumava te escutar na época de Rebelde?
M: Claro que tem um preconceito. As pessoas, às vezes, não vão querer se dar ao trabalho de ouvir o que tenho para falar. Mas algo legal aconteceu quando lancei Qual É o Andar?. Teve gente que ouviu a música e veio me mostrar sem saber que era minha: “Mika, você devia fazer algo assim”. Então é engraçado. Estou trabalhando para as adultos saberem que não tem essa separação.

QUEM: O Chega Aí, que conta com parcerias com nomes de peso, é uma forma de fazer com que você chegue a novos ouvintes também?
M: Esse projeto serve para mostrar o meu amadurecimento na música. É muito positivo para mim. É isso que vamos conseguir mostrar. Amadurecimento como artista e como ser humano.


Eduardo Garcia/ Revista QUEM (Foto: Eduardo Garcia/ Revista QUEM)
 
QUEM: Você teve um filho jovem, como isso influenciou na forma de enxergar a sua carreira profissional e o que mudou?
M: Mudou tudo. As minhas prioridades viraram outras. A minha responsabilidade virou outra. Enfim, amadureci da noite para o dia. Como eu já me preparava desde os 15 e 16, sempre quis ser pai muito novo. Sempre vim preparando isso na minha cabeça. E sempre namorei por muito tempo.  Sempre tive vontade de casar, curtir bastante, ter filhos... Aconteceu. A notícia veio tipo: “Já te esperava”.

QUEM: E não te assustou?
M: Não. Juro! Me assustei quando estava com ele no colo, às 4h, dando de mamar. Pensei: “Nossa. É tudo comigo”. Mas foi muito bem recebido, e eu só tenho a agradecer. É uma bênção e só traz coisas boas. Me traz uma força enorme para trabalhar e conquistar as coisas.

QUEM: Você está casado há dois anos, como é a sua relação?
M: A minha relação é muito boa. Por ela ser uma mulher madura, entender o meu trabalho e dar atenção para algumas pessoas que ela poderia ter ciumes, mas ela entende. É a forma que eu ganho a vida e ela está comigo até o final. É por isso que estou com ela.

Site: QUEM

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